O Amor não tem Regras
Clooney, Krasinski e Renee: comédia à moda antiga
Foto: Google Image
Por que um filme estrelado e dirigido pelo galã George Clooney nem entra em cartaz nos cinemas brasileiros e sai direto em DVD? Uma pista, em relação a "O Amor não tem Regras" (Leatherdeads no original), que acabou de chegar às locadoras, é que se passa num ambiente bem definido: os bastidores do futebol americano, esse esporte esquisito de que só americano mesmo gosta. Todo filme que fala desse esporte que a gente não entende (e nem precisa entender) fracassa por aqui e nem Clooney conseguiu mudar isso.
O filme também passou em brancas nuvens nos cinemas de lá. Clooney que, além de protagonista, é diretor, talvez tenha "errado" (em termos de mercado, não artísticos), por dar ao filme que dirigiu logo após ao excelente "Boa Noite, Boa Sorte" um ar claro de nostalgia, de coisa do passado. A inspiração evidente é aquele tipo de produção chamada "screwball comedy" (ou comédia maluca), com um ar ingênuo. E ingenuidade saiu de moda faz tempo.
Porém, quem alugar não tem muito do que reclamar. Clooney vive Dodge Connely, esperto dirigente de um time de segunda linha que arruma um jeito de chamar a atenção ao "plantar" a notícia de que o astro do time, Carther Rutherford (John Krasinski, bom ator e astro da série "The Office"), é um herói da Primeira Guerra Mundial (a história se passa em 1925). Mas a pauta cai nas mãos de Lexie, repórter vivida com graça por Renée Zellweger, que combina bem com Clooney (dizem que os dois deram uma namoradinha no set) e com o tom cômico. A originalidade não faz parte da receita: no começo os dois se estranham, trocam farpas a toda hora, mas todo mundo sabe como vai terminar. Mas é uma opção leve e que merece ser descoberta. (Ronaldo Victoria)
<< Página inicial