Bruna Surfistinha
Deborah Secco dá vida a ex-garota de programa
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A melhor coisa que se pode dizer a respeito desse filme brasileiro é que ele não é tão ruim quanto se temia. Mérito maior do diretor Marcus Baldini, que conseguiu evitar duas armadilhas perigosas. Primeiro, não fez uma obra sensacionalista, baseada apenas no escândalo, e com toque moralista. E também não ficou naquela de enaltercer demais a pessoa, o que no caso seria glorificar a prostituição.
Deborah Secco também surpreende, e está bem melhor do que em suas estereotipadas personagens em novelas de Gilberto Braga. Ela dá conta de mostrar a rebeldia da adolescente Raquel, nome real de Bruna, que morava no Interior e decide vir a São Paulo ser garota de programa.
Logo Bruna se sobressai em meio ao mundo barra pesada da prostituição, mas há um momento em que ela conhece a decadência, em que se pergunta o sentido de tudo. E também descobre o amor na figura do primeiro cliente, vivido por Cássio Gabuns Mendes, o marido da Raquel verdadeira até hoje. Quanto a cenas pesadas de sexo, se alguém souber uma maneira de contar a história de uma garota de programa sem esse tipo de cena, é um gênio... (Ronaldo Victoria)
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