domingo, 21 de setembro de 2008

A Força da Amizade

Joan, Kathy e Jéssica: amigas aventureiras
Foto: Google Image
Por mais que pareça antiga a divisão (e soe até um pouco preconceituosa) o fato é que ainda existem “filmes de menino” e “filmes de menina”. Isso se comprova na prática numa fila de cinema ou à frente das prateleiras de locadora, quando ele quer ver aquela ação protagonizada pelo novo brucutu hollywoodiano e ela uma comédia romântica “fofa”. Tudo isso é para dizer o seguinte: “A Força da Amizade” (Bonneville no original), lançado em DVD, é “filme de menina”.
Não que qualquer um não perceba isso pela capa. E no caso nem tão menina assim, já que as três atrizes principais (todas excelentes, é bom que se diga), já deixaram a juventude há muito tempo para trás. Jessica Lange, que faz a personagem principal, Arvilla, continua brilhante, mas não precisava ter exagerado no botox que deformou um pouco seu belo rosto (não são só as atrizes brasileiras que sofrem com essa desumana pressão da aparência).
No começo da história, ela acabou de enterrar o marido, bem mais velho que ela. O problema é que a filha dele, Francine (vivida por Christine Baranski, que faz a engraçada amiga de Meryl Streep em “Mamma Mia”) não quer que ela espalhe as cinzas do velho e sim participe de uma cerimônia fúnebre na Califórnia, onde ele vivia antes de se casar com Arvilla. Caso contrário, a megera toma a casa em que ela vivia.
Por isso, ela pega um carro antigo do ex-marido (da marca Bonneville, do título original) e vai com as duas melhores amigas, Margene (Kathy, bem melhor do que os papéis de gordinha espevitada que anda conseguindo ultimamente) e Carol (Joan, ótima atriz que nunca virou estrela) de onde vive, no Idaho, até o destino final.
Começa então um autêntico “road movie” (filme de estrada), mas que não chega a ser assim um “Thelma e Louise”. Os conflitos e as aventuras não são tão marcantes. O filme passa meio na média, sem chegar a um grande resultado. Não aborrece mas também não brilha. (Ronaldo Victoria)