Na Mira do Chefe
Colin Farrell e Brendan Gleeson: lealdade entre bandidos
Foto: Google Image
Vamos logo ao que interessa. “Na Mira do Chefe” (In Bruges, Reino Unido, 2008), com direção de Martin McDonagh, é uma comédia de humor negro sensacional, uma das maiores surpresas do ano e um filme que se assiste com enorme prazer. Tá bom assim ou precisa mais?
Por isso, não perca. O que tem de tão especial? Inteligência e originalidade em doses raras. O roteiro toca em questões duras, aborda um mundo difícil, mas não julga seus personagens. São dois matadores de aluguel, o experiente Ken (Brendan Gleeson) e o novato Ray (Colin Farrell), que são mandados pra Bruges, na Bélgica, daí o título original.
O roteiro até brinca com a fama da Bélgica de ser o país mais sem graça do mundo, mas o que acontece a partir daí é bem sério. O chefe deles, Harry (Ralph Fiennes), os mandou para lá porque Ray deu uma mancada. Ao executar um padre, como mandou o chefe, matou sem querer um menino. E isso é inadmissível no código de ética dos matadores.
Por isso, Harry ordena que Ken mate Ray, sem testemunhas. A questão é que existe entre eles algo forte: amizade, lealdade, amor de pai para filho, talvez. O filme é tão bom que até Farrell, que quase sempre só faz pose, está ótimo e mereceu o Globo de Ouro. (Ronaldo Victoria)
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