Gran Torino
Clint Eastwood e seus vizinhos: lição de vida
Foto: Google Image
Foi estranho (ou injusto) Clint Eastwood não ter sido indicado para o Oscar de ator por sua interpretação vibrante neste filme dirigido por ele e em cartaz nos cinemas brasileiros. Eastwood faz, no papel de Walt, uma espécie de resumo de sua carreira, marcada por tipos durões. Depois da morte da esposa, Walt só tem como orgulho a marca de carro que dá título ao filme, guardado na garagem.
Walt acha os filhos dois panacas e sente arrepios ao ver a neta adolescente ir para o enterro da avó de barriga de fora e piercing no umbigo. O bairro onde mora em Detroit também não ajuda. Depois que a classe média se afastou, foi ocupado por imigrantes asiáticos, aos quais ele se refere sempre com apelidos grosseiros.
Na casa ao lado vive uma família da etnia hmong, vietnamitas que ficaram ao lado dos americanos na guerra e por isso foram escorraçados. Quando o filho mais novo da família passa a ser ameaçado por uma gangue, é hora de Walt e o garoto se unirem, numa parceria tão improvável quanto emocionante. O espectador ri e chora na mesma medida. É difícil não ficar tocado com seu belo final. Imperdível. (Ronaldo Victoria)
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