O Leitor
Kate Winslet e David Kross: relação intensa
Foto: AllMovie Photo
A primeira conclusão (um tanto óbvia), terminado o filme, é de que Kate Winslet realmente mereceu o Oscar de atriz. Sua interpretação de Hanna no drama dirigido por Stephen Daldry foge de qualquer lugar-comum e passa uma compreensão que talvez outra atriz (Nicole Kidman começou e desistiu) não trouxesse.
A segunda é de que se trata de uma produção adulta e rara, que acrescenta ao espectador e faz pensar. Hanna é a mulher que trabalha de cobradora de bonde e na Berlim de 1958 conhece o adolescente Michael (David Kross). Mesmo com a grande diferença de idade, os dois têm um caso e ela pede ao rapaz um favor após as tórridas sessões de sexo: que leia em voz alta para ela.
Anos depois, já como estudante de direito, ele a reencontra da pior forma possível: julgada por crimes de guerra, já que foi guarda de um campo de concentração nazista. O desenvolvimento do enredo nunca é o esperado e comove. Ralph Fiennes como Michael maduro e Lena Olin, nas últimas cenas, também têm participações marcantes. Obrigatório. (Ronaldo Victoria)
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