quinta-feira, 2 de julho de 2009

Verônica

Andréa Beltrão, em cena com Matheus de Sá, tem atuação brilhante
Foto: Google Image
A inspiração num clássico americano dos anos 80, “Gloria”, em que Gena Rowlands vivia uma mulher que desafiava a máfia para salvar uma criança, é evidente. Porém, o filme de Maurício Farias, feito para sua mulher, Andréa Beltrão (curioso que o diretor John Cassavetes também fez para a esposa, Gena), é uma surpresa boa que merece ser descoberta nas locadoras.
Primeiro porque Andréa se mostra uma atriz completa e segura o filme do início ao fim, explorando o lado dramático e nem tanto a comediante talentosa que conhecemos da televisão. Verônica, sua personagem, pode ser definida como uma mulher desiludida. Com a profissão de professora, que a faz enfrentar crianças malcriadas que esconde durante os tiroteios na favela vizinha, com o ex-marido, o policial corrupto Paulo (Marco Ricca), e a falta de condições de apoiar os pais idosos.
Um dia, toma conta de um menino, Leandro (Matheus de Sá), cujos pais foram mortos por traficantes, acaba caindo numa aventura sem fim para defender a criança e parece descobrir um sentido na vida. Há algumas passagens inverossímeis, mas que não prejudicam o resultado final. (Ronaldo Victoria)