Faça o que eu digo não faça o que eu faço
Paul Rudd e Seann William Scott: nerds desajustados
Foto: AllMovie Photo
Pode ficar sossegado: a comédia (Role Models, EUA, 2008) dirigida por David Wain é melhor do que o chato título brasileiro faz supor. Não entra na linha do humor cafajeste, ao contrário, está dentro do humor que o diretor Judd Appatow (de “O Virgem de 40 Anos” e “Ligeiramente Grávidos”) vem fazendo: de lançar um olhar de compaixão pelos nerds, aqueles caras com beleza interior que não se ajustam à agressiva sociedade americana (em termos de competição).
É o que acontece com Wheeler (Seann William Scott) e Dan (Paul Rudd, também roteirista). Eles têm um emprego bobo, o de divulgar um energético, e o primeiro aparece com uma fantasia de minotauro. Mas é o outro que tem um piti, quebrando tudo, o que os leva à iminência de ser presos.
Salvam-se porque ganham a opção de serviços comunitários. Ganham a missão de ser espécie de tutores de dois adolescentes, um moleque negro desbocado que sente a falta de uma figura paterna e um garoto que vive no mundo irreal dos “roling games”, aquelas encenações ambientadas no mundo medieval. O encontro das duas realidades é interessante. (Ronaldo Victoria)
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