Brüno
Sacha Baron Cohen na pele do estilista austríaco: humor polêmico
Foto: Google Image
É difícil chegar a uma conclusão “fechada” sobre esse filme. Há partes ótimas que se misturam com outras péssimas, francamente ofensivas. A própria divulgação se encarrega disso ao destacar para o trabalho uma série de elogios ao lado de insultos que ele possa provocar. Se alguém ainda não sabe (tal foi o bombardeio da mídia), a comédia dirigida por Larry Charles traz novamente o comediante inglês Sacha Baron Cohen na pele de uma personagem controversa.
Há três anos ele viveu Borat, fictício jornalista do Cazaquistão que vai aos Estados Unidos. Agora ele é Bruno, comentarista de moda austríaco que depois de abusar em seu programa em Viena, decide tomar o mesmo rumo. A forma afetadíssima com que Cohen o interpreta gerou acusações de homofobia, mas quem já conviveu um pouco no meio fashion paulistano, por exemplo, percebe que a caricatura é mais real do que gostaríamos de admitir.
Esse é o desconforto que o filme provoca. Se há o lado legal de demolir todo o lance do politicamente correto, de outro se pergunta: como ele foi capaz? E há ainda a pergunta: o que ele vai fazer depois disso? De qualquer maneira, é para se conhecer, mesmo se for para rejeitar, e provocar discussões. (Ronaldo Victoria)
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