Horas de Verão
Jéremie Rennier, Juliette Binoche e Charles Bérling, os três irmãos
Foto: Google Image
É daqueles filmes em que aparentemente nada de tão marcante assim acontece. Mas é apenas aparência. O que o filme dirigido por Olivier Assayas (“L’Heure d’Ête, França, 2008) fala é sobre passagem de tempo, permanência das coisas, mudança de gerações. É um retrato belo e sensível. O roteiro, do próprio Assayas, fala sobre uma matriarca, Hélene (Edith Scob), de 75 anos, preocupada com a morte que pressente estar chegando.
Seu centro na verdade é uma bela casa de campo que guarda história e recordações de um tio que virou pintor famoso e foi na verdade seu grande amor. O local guarda belas obras de arte. Ela conta o fato para o filho mais velho, Frédéric (Charles Berling), o único que ainda mora em Paris. A filha, Adrienne (Juliette Binoche), é desligada, vive em Nova York e namora um americano. Já o caçula, Jéremie (Jéremie Renner) só se preocupa com dinheiro e vive na China.
Assayag conta a história de forma enxuta e revela o valor que cada um dá para as coisas. Eloqüente demais a cena em que a casa que guardava lembranças clássicas vira point de balada juvenil. (Ronaldo Victoria)
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