segunda-feira, 7 de setembro de 2009

JCVD

Jean Claude Van Damme encara um exercício de coragem
Foto: Google Image
Se não for um dos melhores, com certeza é um dos mais corajosos lançamentos cinematográficos dos últimos tempos. No filme dirigido por Mabrouk El Mechri (JCVD, França, 2008), que traz como título apenas as letras de seu nome, o belga Jean Claude Van Damme faz um desabafo impressionante, assumindo de forma clara todos os problemas que enfrenta.
Van Damme assume a idade (47 anos), as rugas, a decadência, o beco sem saída em que sua carreira ficou, a mágoa com os grandes estúdios e também alfineta alguns concorrentes, fazendo até piadinha com o rabo-de-cavalo de Steven Seagal. Há até cenas marcantes, como a da ex-esposa que fica com a guarda dos filhos e principalmente o depoimento da filha no tribunal: “Eu fico com vergonha a cada vez que passa filme dele na televisão porque meus amigos pegam no meu pé.”
Van Damme vive ele mesmo, num curioso exercício de metalinguagem. Tudo culmina num banco, em que é feito de refém por bandidos, mas a polícia pensa que ele é o assaltante. Interessante, mas é de se pensar o que ele fará depois disso. (Ronaldo Victoria)