Inimigo Público nº 1
Vincent Cassel dá um banho de interpretação
Foto: Google Image
É bom avisar que ao final da projeção em DVD há um incômodo aviso: essa história continua. Sinal de que a vida de Jacques Mesrine, vivido com toda intensidade por Vincent Cassel (que fez até um filme brasileiro, À Deriva, e falando em português), tem mais crimes do que a gente imagina. O drama dirigido por Jean-François Richet (L’Instinct de Mort, França, 2008) é intenso e bem resolvido, mas não fez muito sucesso no cinema, talvez pelo título parecido demais com Inimigos Públicos, estrelado por Johnny Depp.
Mas vale a pena ser conhecido. Essa primeira parte mostra o despertar dele para o crime, começando quando era um combatente na sangrenta guerra da Argélia, ocasião em que os franceses mostraram suas garras ao reprimir o anseio por libertação. A partir dos anos 60 e 70, Mesrine apavorou o país com seus roubos a banco, sequestros e assassinatos, recebendo o título do filme, que o tornou conhecido.
As primeiras cenas já mostram a morte do bandido, sangrenta e nas mãos da polícia, como era de se esperar. O que o público acompanha é a carreira do mal do bandido. O diretor, porém, evita julgá-lo apenas como a encarnação do mal (o que seria mais confortável). E Cassel dá um banho de interpretação. (Ronaldo Victoria)
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