Alice no País das Maravilhas
Johnny Depp, Mia Wasikova e Anne Hathaway: conto delirante
Foto: AllMovie Photo
Por que, terminada a projeção (principalmente se não for em 3D), Alice no País das Maravilhas deixa no espectador uma incômoda sensação de frustração, aquela conhecida frase "ah, eu esperava mais!" A explicavação mais óbvia viria justamente da expectativa criada por matérias cada vez mais entusiasmadas sobre a produção. A outra tem a ver com o fato de que o recriador desse conto imortal, o genial Tim Burton, fez dele um veículo para a confirmação de seu imenso talento. E se mostrou arrogante demais.
Resumindo, Alice é "muito" filme de Tim Burton, que nem se parece mais história de Lewis Carrol ou narrativa que virou desenho animado imortal de Walt Disney. Os críticos perguntaram porque Burton demorou tanto para fazer a adaptação, já que a história é tão sua cara. Afinal, o conto está refleto de referências e situações que chegou a ser considerada um delírio.
Estão lá personagens caros ao cineasta, como o Chapeleiro Maluco (seu ator-fetiche Johnny Depp); a Rainha de Copas, aqui chamada de Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter, mulher do diretor); e sua irmã boazinha, a Rainha Branca (Anne Hathaway). Mas a maior ousadia de Burton foi fazer de Alice não mais uma menina e sim uma garota de 20 anos, vivida por Mia Wasikova. Claro que é bom, mas não emociona. (Ronaldo Victoria)
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