Chico Xavier
Nelson Xavier interpreta o médium na maturidade
Foto: Google Image
As salas que exibem Chico Xavier continuaram lotadas após três semanas de exibição. Sinal que algumas críticas dirigidas ao filme não "pegaram". Alguns disseram que era uma biografia "chapa-branca", rótulo para histórias que apenas destacam o lado positivo do personagem, sem os seus defeitos.
Acontece que Chico, desde que começou a atender, ainda em Pedro Leopoldo, interior de Minas Gerais, sempre provocou desconfiança. E nunca algum desconfiado conseguiu provocar, em vida, que ele era uma fraude. Até mesmo sua participação no programa de debates Pinga-Fogo, na extinta TV Tupi, ponto de destaque na narrativa, que poderia ser um massacre, terminou como consagração.
Afinal, queriam o que do diretor? Que demolisse Chico, que desse um tiro no pé? Daniel escolhe o caminho mais indicado: o investimento na emoção. Seu filme corre tranqüilo na tela, muito por conta dos belos atores. Os três que vivem Chico em diferentes fases brilham em cena. O menino Mateus Costa tem uma sinceridade comovente e Ângelo Antônio já mostra um Chico mais sofrido, descobrindo as intrigas da oposição. Nelson Xavier, o Chico maduro, dá até um toque cômigo em sua atuação, principalmente na cena da turbulência no avião. (Ronaldo Victoria)
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