domingo, 17 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2


Wagner Moura agora enfrenta a corrupção policial

Foto: Google Image

É curioso ver que as salas que exibem a continuação do fenômeno brasileiro de três anos atrás não estejam cheias. Talvez por que agora o filme não tenha aquele gancho pop de ver o Capitão Nascimento (Wagner Moura) esculachar bandido e abusar de bordões como o "pede pra sair!" Também não foi "vítima" da pirataria, na verdade uma faca de dois gumes para que atingisse mais público. No fundo, talvez seja pelo fato de ter virado uma obra mais madura.

Madura como seu heroi, o Nascimeno agora quarentão e grisalho que não sobe mais ladeira de favela atrás de "vagabundo", como ele define. Depois de uma armação, Nascimento sai do Bope, mas "cai pra cima", como se diz. Vira assessor da secretaria de inteligência.

Então encara um novo inimigo, muito mais equipado e ardiloso: os policiais corruptos que formam as milícias. São grupos de policiais que expulsam os bandidos dos morros, mas cumpre o mesmo papel. O roteiro é mais sólido, mas termina com um gosto amargo e sem chance de redenção. É melhor que o primeiro, mas não deve fazer o mesmo sucesso. (Ronaldo Victoria)