quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Carrier

Chris Altice é um dos soldados entrevistados
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Hoje em dia funciona como propaganda negativa dizer que esse documentário feito para a televisão americana tem produção de Mel Gibson, o astro mais machista, homofóbico e antissemita da face da terra (xô, Mad Max!). Tirando essa implicância, o fato é que se trata de uma opção diferenciada e bastante interessante.
O roteiro acompanha o dia a dia dos soldados que vivem no USS Nimitz, um dos maiores navios de guerra do mundo. São homens, e mulheres também, da Marinha americana que vivem o estresse, a saudade da família, e a ansiedade de esperarem ser convocados ou não para o conflito.
O itinerário do navio vai até o Iraque. As histórias são bastante humanas, e o soldado Chris Altice acaba sendo o personagem principal, pela sua espontaneidade. A gente acaba sentindo simpatia por eles, o que é natural. Mas, ao mesmo tempo, fica-se com uma pulga atrás da orelha: será que Gibson não quer despertar apoio para o instinto guerreiro? Parece paranóia, mas basta lembrar o currículo do cara para se pensar duas vezes. (Ronaldo Victoria)