O Curioso Caso de Benjamin Button
Brad Pitt e Cate Blanchett em cena: aula de cinema e de vida
Foto: Google Image
Não há desculpa para quem goste de cinema de não ver esse filme, que entrou em cartaz no final de semana nas salas do shopping. É longo, sim, tem quase três horas, o tema é difícil, a melancolia e a tristeza surgem a toda hora. Mas The Curious Case of Benjamin Button, o títudo original do filme dirigido por David Fincher, é não apenas uma lição de cinema, mas de vida. A expressão é desgastada, mas para essa obra serve como uma luva.
Você já deve ter ouvido falar que o personagem principal é um fenômeno, porque nasce velho, com todos os sinais de degeneração física, e vai vivendo a vida ao contrário, rejuvenescendo a cada ano. Vivendo o papel, Brad Pitt dá um show e mostra que merece o Oscar pela primeira vez.
A vida de Benjamin cruza com a de Daisy (Cate Blanchett, sempre ótima), quando ela é uma garota precoce e ele um ancião preso no corpo de garoto. No meio da vida, o amor dos dois se torna possível. Mas logo a inevitabilidade do desencontro se torna presente.
Benjamin renuncia ao amor e a possibilidade de ter uma filha com a mulher amada. “Como você vai cuidar sozinha de duas crianças? Ela precisa de um pai, não de um amiguinho”, são as duas justificativas (plenas de razão) que ele dá para a fuga. A história começa a ser contada por Daisy às vésperas da morte e várias cenas são de uma delicadeza, de uma emoção misturada a razão, de cortar qualquer coração. Obrigatório. Fundamental. (Ronaldo Victoria)
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