Há Tanto Tempo que Te Amo
Elsa Zylberstein e Kristin Scott Thomas: sentimento entre irmãs
Foto: Google Image
Fica quase impossível evitar as lágrimas na cena final deste belo drama francês (Il a longtemps que je t’aime), estréia na direção estréia na direção do roteirista Philipe Claudel. Para o filme, a antiga palavra pungente, pouco usada, cai como uma luva. É um tratado sobre a dor feminina, retratando a alma das mulheres com delicadeza e sensibilidade.
Tudo acontece quando Lea (Elsa Zylberstein) recebe em sua casa a irmã Juliette (a inglesa Kristin Scott Thomas), após 15 anos de ausência. Com roupas escuras, sem um pingo de maquiagem e fumando sem parar, ela é o retrato da angústia. Aos poucos tenta se adaptar na casa da irmã, casada e com duas filhas adotadas.
Com o tempo sabemos que Juliette passou 15 anos na prisão e depois que cometeu o mais terrível dos crimes, que faz com que seja expulsa aos gritos da sala do homem que lhe daria um emprego: ela matou o filho de sete anos. O roteiro mostra como as duas irmãs vão tentando se entender, como Juliette se impôs uma pesada culpa e qual foi o motivo do crime. Belíssimo. (Ronaldo Victoria)
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