Waldick, Sempre no Meu Coração
Waldick Soriano nos bastidores com a diretora Patrícia Pillar
Foto: Google Image
Para o público, a imagem que ficou de Waldick Soriano (pessoas com mais de 40 anos, já que a nova geração nem deve se lembrar) é a do cantor brega, de chapéu e óculos escuros, autor de pérolas como Eu Não Sou Cachorro Não, Paixão de um Homem e Tortura de Amor. Para essa cinebiografia, a atriz Patrícia Pillar, que estreia como cineasta escolheu mostrar o lado humano. Alguns poderiam dizer quase desumano.
Com sensibilidade, Patrícia invade com sua câmera o cotidiano de Waldick, entre shows e conversas de camarim. O cantor já estava no final da vida (morreu há um ano) e abriu o coração. O que se vê é um homem que teve uma grande quantidade de amores (acumulou 14 esposas ao longo da vida), mas nunca conseguiu amar.
É isso que ele assume sem receios numa fala no final do documentário, que por isso ganha uma dimensão maior. A gente rotula artistas de brega ou cafona, pelo conforto de julgar que eles são muito diferentes. Patrícia mostra que não são. Por isso o filme merece ser conhecido. (Ronaldo Victoria)
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