Lula, o Filho do Brasil
Rui Ricardo Dias: protagonista sem brilho
Foto: Google Image
O filme que estreou no primeiro dia deste ano foi o campeão na categoria "não vai e não gostei" em boa parte da imprensa. Tudo porque foi considerada muito suspeita a forma como o produtor (o onipresente Luis Carlos Barreto, o Barretão) conseguiu arrecadar dinheiro por conta da renúncia fiscal. Mais que isso, acharam que o drama seria uma forma de manter em alta o nome do presidente e ajudar na eleição. É fácil classificar essas acusações de bobagem, acontece que mesmo assim fica difícil elogiar o filme.
Não se trata de dizer que é oportunista, chapa-branca. Mas sim que é fraco, que o retrato que pintam de Luiz Inácio Lula da Silva, além de soar falso, é pequeno. Lula parece ser uma pessoa muito maior do que aquela que apareceu na tela. E o fato de a base ser a biografia autorizada da jornalista Denise Paraná, muito reverente, não ajuda em nada.
Para complicar, a direção de Fábio Barreto é sem inspiração, enche a tela de clichês que supostamente emocionariam a platéia (o que não aconteceu). Rui Ricardo Dias não brilha na pele do protagonista, o que não chega a surpreender. E nem mesmo uma estrela como Glória Pires consegue dar uma dimensão maior a Lindu, a mãe de Lula. Foi fracasso nos cinemas, resta esperar o que acontece em DVD. (Ronaldo Victoria)
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