Idas e Vindas do Amor
Bradley Cooper e Julia Roberts em cena da comédia romântica
Foto: AllMovie Photo
É provável que à saída da projeção de Idas e Vindas do Amor, em cartaz nos cinemas, o espectador o defina com algumas dessas três expressões: fofinho, bonitinho ou meiguinho. Pode até ser os três juntos, mas é forçoso reconhecer que se trata de um filminho. Isso no sentido de não acrescentar muita coisa a tudo que a gente já viu em termos de comédia romântica. Pior é que desperdiça grandes astros como Jamie Foxx e Julia Roberts, lendas vivas como Shirley MacLaine e promessas atuais como Anne Hathaway e Bradley Cooper.Tudo porque o diretor Garry Marshall, que há 20 anos realizou Uma Linda Mulher, resolveu fazer aqui uma espécie de mosaico sobre o amor, ambientando a história no Dia dos Namorados americano (Valentine's Day é o título original). Juntou uma série grande de personagens e histórias que parecem soltas no começo e acabam se ligando a maioria delas no final. Tudo bem, mas Marshall está longe de ser um Robert Altman, que sabia fazer isso como ninguém em obras-primas como Nashville, Cenas da Vida e Pret-à-Porter.Nas mãos dele, as histórias não deslancham o suficiente e poucas escapam do lugar-comum, como a da secretária bonita que não se acerta no romance, da mãe que procura o filho ou da garota que esconde do namorado o fato de ser atendente de tele-sexo. Mas se você deixar de lado o espírito crítico, pode se divertir e até achar que o filme é... uma gracinha! (Ronaldo Victoria)
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