quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A Jovem Rainha Vitória

Emily Blunt interpreta a monarca
Foto: AllMovie Photo
Que os britânicos têm um fascínio ambivalente pela monarquia (ou seja, ao mesmo tempo que adoram, amam criticar), todos sabemos. Mas o cinema deles parece refletir essa fixação. Há muitos exemplos, desde o retrato que Helen Mirren faz de Elizabeth 2ª (e ganhou o Oscar) e aposta quase certa do prêmio do ano que vem para Colin Firth, na pela de George V, o pai de Elizabeth.
Este drama é um exemplo do talento associado a essa paixão real. A retratada, claro, é a rainha Vitória, que passou para a história como exemplo de dureza moral e repressão sexual. Mas será que foi bem assim? Emily Blunt encarna a jovem que se vê no centro de uma intriga palaciana de alto calibre.
Enquanto aguarda suceder seu tipo, o rei William (Jim Broadbent), a própria mãe tenta exercer a manipulação. É que a duquesa de Kent (Miranda Richardson), junto com o amante, Conroy (Mark Strong), querem que assine a regência, e só assuma o trono. Ela mostra personalidade, pôe a coroa sobre a cabeça e faz do casamento arranjado com Albert (Rupert Friend) um exemplo de união. No fim, a simpatia por ela é inevitável. (Ronaldo Victoria)