Homens e Deuses
Monges enfrentam os males do mundo
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Esse belo drama foi o representante da França, finalista ao Oscar de melhor filme estrangeiro, prêmio vencido pelo dinamarquês Um Mundo Melhor. Mas também merecia, pois consegue abordar um tema espinhoso, e altamente polêmico, sem fazer apologia. Mantém-se o tempo todo num fio da navalha, sem cair para nenhum lado, o que seria mais fácil.
Porém, é uma narrativa adulta, que por não buscar o escândalo, acaba resultando sóbria demais. Claro que isso é um elogio, mas pode afugentar uma parcela do público que certamente o irá considerar parado demais. A história real fala sobre os monges trapistas que mantém um mosteiro na Argélia justamente quando explode uma guerra civil.
O chefe deles, por coincidência chamado de Christian, é vivido com intensidade por Lambert Wilson, impede a entrada de armas no convento, o que para muitos pode ser considerada uma escolha pelo suicídio. Mas Christian não permite vendilhões no templo, e é disso que fala o drama: de manter a fé em tempos de guerra. O final deixa um travo amargo na boca. Belo e intenso. (Ronaldo Victoria)
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