Juntos pela Vida
Queen Latifah: convivendo com o mal
Foto: Google Image
Mudou muito a forma como a Aids e o vírus HIV são abordados no cinema: quando o são, já que o tema não lá muito falado nas telas. E isso é uma excelente notícia, muito mais por causa da medicina do que do cinema. Em 1993, ou seja, há meros 15 anos, quando Tom Hanks ganhou o Oscar por “Filadélfia”, a doença era aquilo que se viu nas telas: um drama pesado, uma condenação à morte. “Juntos pela Vida” (Life Support, EUA, 2007), dirigido por Nelson George e produzido pelo astro Jamie Foxx, fala de vida até no título, de como se pode conviver com o mal.
Quem encara a personagem principal é Queen Latifah, que começou como cantora de rap e hoje é uma atriz das mais sensíveis. Ela vive Ana que, claro, não morre no final. Até porque a personagem é baseada numa pessoa real, que nos créditos finais aparece em sua vida cotidiana, assim como outras mulheres.
O roteiro é centrado no impacto do vírus sobre a população negra feminina. Passada no Harlem, bairro negro de Nova York, mostra o que acontece hoje, quando as mulheres têm sido o principal grupo a contrair a doença. Ana teve uma fase pesada, se drogava junto com o marido, perdeu a guarda de uma filha, mas não desiste de encarar o que fez de certo e de errado. Humano e verdadeiro. (Ronaldo Victoria)
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