Horton e o Mundo dos Quem
O elefante e seus amigos: mensagem de união
Foto: Google Image
Dizer que é lindo este desenho animado, que chega agora às locadoras depois de uma temporada de sucesso nos cinemas, é o mínimo. Afinal, hoje em dia, com todos os recursos, os grandes estúdios têm condições de fazer animações cada vez mais perfeitas. O que torna “Horton e o Mundo dos Quem” (Horton Hears a Who, EUA, 2008), dirigido por Jimmy Hayward e Steven Martino uma delícia, além do visual, é sua história e aquilo que “transmite” (a palavara está desgastada, mas é melhor que “passa”) a públicos de todas as idades.
O roteiro é inspirado numa obra de Dr. Seuss, o maior escritor infantil norte-americano, uma espécie de Monteiro Lobato do Norte. O bacana das obras dele, e que as tornam imortais (pelo menos entre os americanos), é a sua enorme originalidade. Pense só: se você fosse contar uma história para uma criança, pensaria num elefante simpático que ao ver uma florzinha na selva, escuta uns barulhinhos e entra em contato com o povo minúsculo que vive na flor?
Pois Seuss pensou. E os diretores do desenho mergulharam na fantasia com igual competência. Além do elefante boa-praça, os personagens pequeninos também são uma graça, como o estressado prefeito e seu único filho (ele tem 96 filhas!), o tímido JoJo. Quando o povo da floresta não acredita em Horton, os minúsculos precisam se unir para “fazer barulho” e essa mensagem de união é perfeita. Talvez os muito pequenos não captem todas as sutilezas, mas crianças de 8 a 80 e poucos vão se divertir. Quem colocar o som em inglês, tem de quebra as vozes de Jim Carrey como Horton e Steve Carell como prefeito, entre outros astros. (Ronaldo Victoria)
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