As Duas Faces da Lei
De Niro e Pacino: astros de primeira, filme de segunda
Foto: Google Image
Como unir dois atores de primeira e fazer um filme de segunda? A resposta pode ser dada por Jon Avnet, diretor de "As Duas Faces da Lei" (Righteous Kill, EUA, 2008), em cartaz nos cinemas. Ele conseguiu juntar neste suspense Robert de Niro e Al Pacino (com quem havia trabalhado no ano passado em "88 Minutos"), duas lendas do cinema, e o resultado não é de empolgar ninguém.
Não que seja um filme de todo ruim. Ao contrário, o espectador percebe que houve esforço técnico. Mas se de boas intenções, dizem, o inferno está cheio, a gente também já está. A questão é que o "gancho" usado para atrair público — a união dos dois gigantes, o que nem é novidade, já que eles fizeram juntos "Fogo Contra Fogo’ — se revela um tiro n’água. Se o elenco trouxesse dois atores menos talentosos, talvez a gente exigisse menos e ficasse menos decepcionado.
A história também não ajuda. Os dois vivem parceiros policiais com mais de 30 anos de carreira que precisam desvendar os crimes praticados por um ‘serial killer’ que deixa poeminhas fajutos nas cenas do crime. A solução é meio "mandrake". Pacino ainda se esforça em cena, mas De Niro parece que entrou nessa apenas para cumprir tabela. (Ronaldo Victoria)
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