Noites de Tormenta
Richard Gere e Diane Lane: dupla romântica de volta
Foto: Google Image
Mesmo que de vez em quando participe de filmes mais ousados como o experimental "Não Estava Lá", sobre a vida de Bob Dylan, e o drama "A Caçada", que trata da guerra na Bósnia, não tem jeito: a estampa de galã e os cabelos grisalhos de Richard Gere acabam sendo chamados para estrelar um filme romântico.
No caso de "Noites de Tormenta" (Nights in Rodanthe, EUA, 2008), dirigido por George Wolfe, em cartaz nos cinemas, a receita hollywoodiana foi seguida ainda mais a risca, já que chamaram Diane Lane, com quem ele dividiu o sucesso "Infidelidade", para ser novamente sua parceira.
A paisagem também ajuda, e muito. A história começa numa pousada no litoral da Carolina do Norte que Adrienne (Diane) vai tomar conta para ajudar a amiga Jean (Viola Davis). O único hóspede é um médico, Paul (Gere), que passa por uma séria crise pessoal e profissional. Ele quer convencer o marido de uma paciente, morta na mesa de operação, que não teve culpa pela tragédia.
Juntando a crise de Adrienne, cujo marido que a abandonara quer voltar, o local lindo, uns discos de jazz, e a tormenta de que fala o título (um furacão bravo), acontece o que todo mundo esperava: os dois se apaixonam loucamente. O filme só se esquece de ser previsível no final, e curiosamente aí que está seu maior problema. Precisava tanta desgraça? Era necessário mesmo fazer a platéia romântica gastar lágrimas? O desfecho deprê se torna muito chato. (Ronaldo Victoria)
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