Promessas de um Cara de Pau
Kevin Costner interpreta norte-americano médio
Foto: Google Image
O legal dessa comédia é mostrar que até os próprios norte-americanos vêem o “americano médio” como alguém que evita o amadurecimento e não enxerga além do próprio umbigo. Curioso que em “Swing Vote”, título original (EUA, 2008), dirigido por Joshua Michael Stern, quem interpreta o americano típico seja Kevin Costner, que nos anos 90 vivia sempre heróis (e por isso parecia tão chato).
Agora Costner não esconde que envelheceu, nem lembra um galã mas ficou um ator bem mais interessante. Ele vive Bud, um operário irresponsável que é “filho” da própria filha, a precoce Molly (Madeline Carrol). O maior desejo da menina é que o pai mostre interesse por alguma coisa além da banda cover de Kenny Rogers e das latas de cerveja que consome aos montes.
A chance aparece na eleição presidencial. Bud jura para a garota que vai votar, mas fica enchendo a cara e jogando sinuca no bar. Então, ela consegue aproveitar os momentos finais de uma cabine de votação, assina o nome do pai, mas na hora de validar o voto, acontece o inesperado: acaba a energia. O que acontece depois é mais inesperado ainda: os dois candidatos, o atual (Kelsey Grammer) e o oposicionista (Dennis Hopper) empatam e só há a chance de desempatar no Novo México, e Bud fica com a missão de desempatar. Parece “viagem”? Em 2000, Bush e Gore ficaram empatados na Flórida. A comédia é bastante interessante, só pode deixar alguns espectadores frustrados pela falta de um final mais conclusivo. (Ronaldo Victoria)
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