Gomorra
Marco Macor e Ciro Petrone: bandidos pés-de-chinelo
Foto: Google Image
O título original faz uma brincadeira perigosa ao escolher o nome de uma das cidades devassas destruídas na antiguidade (a outra era Sodoma, lembra?). Mas fala mesmo é da Camorra, a máfia napolitana, uma das mais sangrentas e lucrativas do mundo. Perigosa porque o autor do livro no qual o filme de Matteo Garrone se baseia, o escritor Roberto Saviano, está até hoje escondido por conta das feridas em que botou o dedo.
Já o filme vem sendo elogiado em todo o mundo, e muita gente estranhou não ter sido indicado ao Oscar de produção estrangeira. É bom avisar, porém, que se trata de um filme difícil. O diretor fez uma espécie de painel, com um tom quase de documentário, unindo várias histórias.
O roteiro mostra que a Camorra está envolvida com muito mais coisa do que a gente imagina. Além de questões esperadas, como o tráfico de drogas e a exploração da prostituição, tira proveito até da moda e do lixo. Entre os personagens, chamam a atenção Marco (Marco Macor) e Ciro (Ciro Petrone), dois “manés” que entram de gaiatos numa teia de sangue. (Ronaldo Victoria)
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