Leonera
Martina Guzman: leoa na defesa de seu filhote
Foto: Google Image
O moderno cinema argentino às vezes me parece mais talentoso que o brasileiro, com produções mais consistentes e menos preocupadas em agradar o gosto médio. Mais ousado, seria a melhor definição. Esse lado se confirma com esse sensacional drama dirigido por Pablo Trapero, o mesmo de “Família Rodante” e “O Outro Lado da Lei.”
É uma história triste, que respira melancolia e desilusão da primeira a última cena, talvez um dado cultural dos que nascem em Buenos Aires, como Trapero, e tem tango na alma. A personagem principal é Julia (Martina Gusman, ótima atriz), garota que se vê acusada da morte do namorado em circunstâncias estranhas. Ele está sangrando, ela não se lembra de muita coisa, e o provável amante dele, Ramiro (o brasileiro Rodrigo Santoro) está envolvido no crime.
Presa grávida, Julia é levada para uma instituição em que as mães ficam com os filhos até quatro anos. Leonera, em espanhol, quer dizer local em que se matam as leoas. E é isso que ela se demonstra, tanto na luta pela sobrevivência quando para defender o filhote. (Ronaldo Victoria)
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