Ano Um
Michael Cera, Jack Black e David Cross: comédia de mau gosto
Foto: AllMovie Photo
Assistir a esse filme (teoricamente feito para distrair) pode provocar um questionamento sério. A respeito dos limites do cinema e da arte de maneira geral. Ok, a gente sabe que hoje em dia impera uma espécie de vale-tudo e que o tal do politicamente correto não tem nada a ver. Mas ainda existe uma coisa chamada bom gosto. Ou não?
É o que se questiona vendo o longa dirigido por Harold Ramis. A história, claro, se passa no primeiro ano da história e tem como personagens principais Zed (Jack Black) e Oh (Michael Cera). Considerados excluídos em sua tribo, eles partem em busca de aventuras. Conhecem Caim (David Cross) logo após matar Abel, entre outros esquisitos.
Para começar, a maioria das cenas copia dois filmes clássicos do gênero: o genial A Vida de Brian, do grupo inglês Monty Python, e A História do Mundo, de Mel Brooks. Depois, há cenas como as seguintes: 1 – Zed vê um cocô deixado no meio do caminho e sem hesitar coloca na boca e mastiga, segundo ele para saber pistas. 2 – Oh é deixado de cabeça para baixo e conta para Zed que está com vontade de urinar. Logo um líquido amarelo inunda seu rosto. 3 – O mesmo Oh é assediado por um sacerdote obeso e mais peludo que o Tony Ramos. Obrigado a massagear o sujeito, fica com um tufo de pelos nas mãos o resto do filme. Pergunta que não quer calar: é preciso falar sobre mau gosto? (Ronaldo Victoria)
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