terça-feira, 1 de junho de 2010

Fúria de Titãs

Sam Worthington encarna o guerreiro Perseus
Foto: AllMovie Photo

O filme original, realizado nos anos 1980, hoje um clássico em exibições na Sessão da Tarde, marcou uma geração muito menos por suas qualidades cinematográficas (aliás, bem escassas) do que por sua ingenuidade e falta de recursos. Em resumo, era deliciosamente trash, rótulo que os jovens adoram. Pelos efeitos (ou defeitos) especiais risíveis e pela atuação caricata do elenco, entre outras coisas. Agora ressurge com todo o poderio do cinema norte-americano, milhões de dólares gastos e até efeito 3D nas salas de cinema.
A história é mais ou menos a mesma. Zeus (Liam Neeson), o deus supremo, está meio cansado da humanidade e tenta dar uma nova chance. Porém, Hades (Ralph Fiennes), o senhor das profundezas, bola um plano em que, se os homens não sacrificarem a bela Andrômeda (Alexa Davalos), mandará um ser poderoso, o Kraken, para destruir tudo. Quem se encarrega de defender os humanos é Perseu (Sam Worthington), que se descobre um semideus.
Tudo bem que a nova edição esbanja técnica. O problema é que falta alma, empenho. O roteiro é bem frouxo e a direção de atores parece nem existir. Muitos, em que pese o fato de serem consagrados, acabam pagando mico. O resultado é que a gente assiste vendo a beleza dos efeitos (a Medusa é de arrepiar), mas sem se empolgar em nenhum momento. (Ronaldo Victoria)