domingo, 5 de setembro de 2010

Direito de Amar

Colin Firth e Juliane Moore: sentimentos represados
Foto: AllMovie Photo
Drama que será sempre lembrado como a primeira experiência atrás das câmeras do estilista Tom Ford. É um filme charmoso e elegante como se esperava dele. Porém, deixa no ar uma certa frieza e muita melancolia. Sentimentos típicos do escritor Christopher Isherwood, autor de livros como Cabaret, e em quem o texto é baseado. Gay assumido numa época repressiva, Isherwood fala de homossexualidade com um travo amargo.
Natural para ele, nem tanto para Ford, um espírito livre. O personagem principal é um professor, George (Colin Firth, candidato ao Oscar pelo papel), que entra em crise quando seu amante, Jim (Matthew Goode), morre num acidente de carro. Naquele tempo, nem era dado ao namorado ir ao enterro.
De companhia ele tem uma amiga perua, a inglesa Charly (Juliane Moore, sempre ótima) e acaba se envolvendo com um jovem aluno, Kenny (Nicholas Hout). O final, porém, deve deixar alguns espectadores frustrados com a carga de dramaticidade. (Ronaldo Victoria)