O Profeta
Niels Arestrup e Tahar Rahim: lições de sobrevivência
Foto: Google Image
Quem gosta de filme de cadeia (já um subgênero cinematográfico), não tem do que reclamar deste drama francês. Afinal, das duas horas e meia que dura, só uns 30 minutos se passam dora das grades. Pode ser claustrofóbicos, mas a direção sabe segurar as pontas. E o roteiro, para além do crime, toca em pontos polêmicos, como o caldeirão de raças em que se tornou a França depois da criação do euro e da Comunidade Européia.
O personagem principal, Malik El Djebena (Tahar Rahim), é o aprendiz que entra ingênuo no caldeirão e se torna mais descolado do que ele mesmo imaginava. De cara, percebe que é bom ficar ao lado da gangue mafiosa italiana, comandada por Cesare Luciani (Niels Arestrup).
Torna-se queridinho do cara e aprende até mesmo a matar em seu nome. Mas logo percebe que sua origem racial não facilitará a que ganhe autonomia no meio. Então, decide voar sozinho e cai no sangue. Há alguns pontos que podem ser questionados na história, como a lei do mais forte, mas a atenção do espectador nunca se desvia. (Ronaldo Victoria)
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