sábado, 16 de julho de 2011

Federal

Carlos Alberto Riccelli e Selton Mello em ação
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Essa aventura brasileira foi fracasso nos cinemas, o que vem a provar duas coisas: nem sempre adianta seguir o estilo de uma produção vitoriosa (no caso Tropa de Elite) e Selton Mello não acerta todas. O maior problema, porém, pouco tem a ver com Selton, que faz o que pode. Acontece que o roteiro não convence e os personagens não conseguem empolgar.
O policial vivido por Selton, chamado Dani, por exemplo, ao mesmo tempo que combate o tráfico de drogas, consome cocaína, essa contradição mata a identificação do espectador. Carlos Alberto Riccelli, em visual grisalho, parece apático. Até Michael Madsen, o ator americano que deve fazer mais filmes por ano (e em todos aparece com cara de quem não gostou), dá o ar da graça (?).
Com isso a surpresa acaba sendo o vilão, o traficante de Brasília Beck Batista, vivido por Eduardo Dusek, que a geração dos 80 conhecia como cantor de Rock da Cachorra e Brega e Chique. O que parece um tiro no pé para as pretensões do filme. E a tentativa de fazer crítica social soa apenas discursiva. (Ronaldo Victoria)