A Suprema Felicidade
Marco Nanini interpreta o avô malandro
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Por causa desse filme, os inimigos de Arnaldo Jabor (e eles não são poucos), perderam um precioso argumento para refutar suas ácidas crônicas políticas: a de que seria um cineasta frustrado, há mais de 20 anos sem dirigir, e por isso destilava amargura. Porém, o que a gente observa é que os personagens desse drama não parecem falar naturalmente: dão a impressão de que recitam crônicas de Arnaldo Jabor.
Tudo é de tintas claramente autobiográficas, e quem já leu algum texto de Jabor falando do avô boêmio e do pai pequeno burguês reconhece Marco Nanini e Dan Stulbach na hora. Nanini, e isso não é novidade, está perfeito, mas Elke Maravilha não parece muito indicada para a avó submissa.
O papel de alter ego de Jabor fica com Jayme Matarazzo, e Tammi Di Calafiori acrescenta sensualidade nas cenas do bordel chique. Não chega a irritar, mas para ser um Amarcord ainda falta muito Fellini. Seja como for, Jabor é sempre pretensioso. O que é uma qualidade e um defeito. (Ronaldo Victoria)
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