sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Hell

Sara Forestier em cena: pobre menina rica
Foto: Google Image
Há uns cinco anos, quando o livro da francesa Lolita Pille foi lançado, causou sensação no mercado editorial pela forma despudorada como a moça descrevia a vida sem sentido em que vivia. “Eu sou uma vagabunda”, era a primeira frase da narrativa, em que contava seu cotidiano repleto de drogas, compras e sexo fácil.
Havia um pouco de autopromoção também, como se no fundo Lolita quisesse aceitação para a vida que levava. Logo em seguida ela lançou outro livro, “Bubble Gum”, que era péssimo, sem o menor sentido, e mostrou que era um fenômeno passageiro.
A trajetória da moça (que deu a ela mesma o apelido de Hell) foi para o cinema, em filme dirigido por Bruno Chiche e lançado já há dois anos na França. Chegou ao Brasil sem muito alarde e foi direto para as locadoras. E nem deve provocar barulho, já que se trata de uma versão bem chochaa.
Toda a história de Hell, vivida com talento por Sara Forestier, se reduz à relação um tanto (ou bastante) doentia que mantém com Andrea (Nicolas Duvauchelle), italiano milionário e tão sem noção quanto ela. Logo na metade do filme, por ficar centrada demais nos dois personagens, acaba pensando. E, pior, a gente entende que no fundo a autora não passa de uma patricinha mimada querendo atenção. (Ronaldo Victoria)