domingo, 21 de dezembro de 2008

Noel, Poeta da Vila

Rafael Raposo e Camila Pitanga: o poeta e seu grande amor
Foto: Google Image
O jovem compositor vem andando distraído por uma rua do Centro do Rio de Janeiro quando, de repente, se vê diante de uma enorme poça d’água. Só há alguns espaços que ficaram acima da água, que ele se vê obrigado a pular. Logo começa a música: Eu hoje estou pulando feito um sapo/ Pra ver se escapo/ Dessa praga de urubu/ Já estou coberto de farrapos/ Eu vou acabar ficando nu/ Meu paletó virando estopa/ E eu pergunto com que roupa/ Com que roupa eu vou?/ Pro samba que você me convidou.
Previsível? Claro que sim. Mas muito divertido, simpático. É dessa forma que o filme dirigido por Ricardo Van Steen conta a história do grande compositor Noel Rosa (1911-1937): de forma reverente, já que o roteiro é baseado na biografia oficial do músico, escrita por João Máximo e Carlos Didier, mas com enorme simpatia.
A história de Noel, interpretado com graça e charme por Rafael Raposo, desfila pela tela entremeada por espécies de clipes de seus maiores sucessos. Não inventa muita coisa, já que a vida de Noel (impressionante como ele viveu tanto em meros 26 anos) tem muito drama e comédia. Tem o casamento forçado com Lindaura (Lidiane Borges), a paixão pela fatal Ceci (Camila Pitanga), as brigas com Wilson Batista e a amizade com Cartola, a luta contra a tuberculose e muito mais.
O elenco também é muito competente (há até Supla fazendo papel de Mário Lago!) e o resultado é um filme que se assiste com muito prazer. Para a moçada, é a chance de descobrir um cara que revolucionou a música brasileira com seu talento. (Ronaldo Victoria)