Mulheres, o Sexo Forte
Jada, Annette, Meg e Debra: meninas não muito poderosas
Foto: Google Image
Imagine um filme em que não existem atores no elenco (apenas atrizes). Os personagens masculinos são no máximo citados e nunca aparecem nas cenas, totalmente femininas. Pois existe e o título original não podia ser outro, The Women (EUA, 2008), dirigido, lógico, por uma mulher (Diane English), adaptado de uma peça dos anos 50 de outra mulher, Clare Booth Luce.
A idéia até que é interessante, mas o resultado fica bastante a desejar. As personagens são aquilo que os caras que não curtem "filme de mulherzinha" adoram criticar: cheias de neuras e com mania de falar mal dos homens.
Mary (Meg Ryan), estilista que abandonou a profissão por causa do casamento, descobre que o marido a trocou por uma vendedora sexy, Crystal (Eva Mendes). Recebe apoio das amigas: a jornalista neurótica Sylvia (Annette Bening), a dona-de-casa Edie (Debra Messing) que tem quatro filhos (claro que são todas meninas) e a produtora lésbica Alex (Jada Pinkett Smith).
Para fazer com que só apareçam mulheres em cena, acontecem coisas meio duras de engolir como a cena em que elas se encontrarem num local improvável como um restaurante lésbico. E até os cachorros das moças são cadelas. As atrizes são boas, mas as interpretações parecem forçadas: Eva forçou na vulgaridade e Jada fala grosso para parecer masculinizada. Resumindo: o sexo é forte, mas o filme é fraco. (Ronaldo Victoria)
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