domingo, 25 de outubro de 2009

Substitutos

Bruce Willis na pele do agente Greer, em sua versão "humana"
Foto: AllMovie Photo
Imagine ficar quase o dia todo sentado numa cadeira reclinável, descansando, enquanto uma cópia sua (um robô que pode ser igualzinho ou uma versão mais jovem) rala, bate o cartão, faz tudo, até ser guardado à noite num cantinho. Interessante, não? Pois essa é a maior característica dos filmes de ficção científica hoje em dia: apresentar uma situação que parece boa demais para ser verdade. E que, claro, se transforma num pesadelo.
O longa (Surrogates, EUA, 2009) dirigido por Jonatahan Mostow começa bem, mostrando em ordem cronológica, como a idéia foi se concretizando ao longo do tempo, graças a uma grande corporação. Os robôs são cópias com “alma”, ou melhor, com cérebro, já que é clonado o caráter neural de cada ser humano que vão substituir.
Logo depois a gente leva em susto ao ver Bruce Willis, na pele do agente Greer, com uma peruca loira e a pele mais esticada que tamborim. Calma, esse é o “duro de matar” versão robô. Ele descobre uma conspiração para sabotar o projeto e logo se confunde quem é gente e quem é máquina. Pena que, entre tantas reviravoltas, o espectador também fique confuso. (Ronaldo Victoria)