terça-feira, 21 de setembro de 2010

Aproximação

Juliette Binoche encara conflitos na Faixa de Gaza
Foto: Google Image
Um clichê a respeito dos filmes considerados de arte é aquele que garante ser quase todos difíceis, com ritmo lento e candidatos a abusar da paciência do espectador. No caso das obras o israelense Amos Gitai, infelizmente, essas teorias parecem ser verdadeiras. Tudo bem que ele é sério e que suas histórias falam de questões importantíssimas, como a eterna pendência entre judeus e palestinos, mas até chegar lá... dá uma canseira.
Aqui a personagem principal é Anna, intelectual francesa vivida por Juliette Binoche. Quando seu pai morre, ela tenta se entender com o meio-irmão Uli (Liron Levo), fruto de outro casamento do pai. Ao mesmo tempo, descobre algo ainda mais grave, que o velho mantinha relações com a filha que abandonou na juventude.
Ela é Dana (Dana Igvy), que está como colona na Faixa de Gaza, área de permanente tensão entre os dois lados. Anna vai para lá e descobre muitas certezas. Essa segunda parte ainda se salva, mas a primeira, até com participação sem muito sentido da soprano Barbara Hendricks, chega a ser insuportável. Até mesmo Juliette não está em seus melhores momentos. (Ronaldo Victoria)