Enterrem meu Coração na Curva do Rio
August Schellenberg na pele do chefe Touro Sentado
Foto: Google Image
Lançado em 1970, o livro com o mesmo título, escrito pelo pesquisador americano Dee Brown foi um fenômeno na época e começou a levantar a discussão a respeito dos povos indígenas. Naqueles anos em que John Wayne era astro dos western, índio era sempre vilão que mocinho matava com tirambaços.
Brown começou a discutir isso, centrando a história nos anos de 1860 a 1890, quando o governo americano conseguiu o que queria: avançar sobre os territórios indígenas e deixá-los com terras restritas. "Enterrem meu Coração na Curva do Rio" (Bury my Heart in the wounded Knee, EUA, 2008), dirigido por Yves Simoneau, demorou tanto para ser filmado que dava impressão de ser remake de uma produção realizada naqueles tempos.
Não é. Na verdade se trata de uma produção da HBO, feita com todo capricho e que merece ser descoberta. Talvez tanto tempo se deva à complexidade do tema. A história começa retratando a vitória dos índios sioux sobre as tropas do famoso general Custer.
Depois se foca em três personagens: Charles Eastman (Adam Beach), jovem sioux que conseguiu se formar em medicina); o lendário chefe Touro Sentado (August Schellenberg), e o senador Henry Dawes (Aidan Quinn), que tenta negociar a questão dos dois lados. O filme consegue ser ao mesmo tempo sóbrio e empolgante. (Ronaldo Victoria)
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