sábado, 7 de fevereiro de 2009

Control

Sam Riley na pele do roqueiro depressivo
Foto: Google Image
“Este filme foi produzido originariamente em preto-e-branco”. Quando a Globo fazia esse anúncio nos anos 70, a gente reclamava, já que a televisão em cores era a grande novidade. Hoje a prevenção contra filme em preto-e-branco deve ser ainda maior, e esse drama inglês corre o risco. Foi uma opção certa do diretor Anton Corbijn, que nos anos 90 dirigiu a maioria dos clipes do Nirvana e era amigo de Kurt Cobain.
A história, aliás, também fala de outro talento autodestrutivo: Ian Curtis, vivido com talento por Sam Riley, que no começo dos anos 80 era o vocalista e líder da banda Joy Division. Além do enorme talento, Curtis tinha problemas mentais acarretados pela epilepsia não tratada de acordo e uma grande dose de paranóia. As apresentações dele ao vivo eram sempre extremadas. E vendo no filme a gente descobre de onde Renato Russo tirou aquele jeito e aquela dancinha estranha.
O suicídio pareceu a opção natural para Curtis. E os ex-companheiros de banda acabaram fundando o New Order, que entrou para a história. Tenso, verdadeiro, e com belos musicais, como o maior sucesso de Curtis, “Love Will Tear Us Apart”. (Ronaldo Victoria)