Falsa Loura
Rosane Mulholand e Cauã Reymond: bregas mas felizes
Foto: Google Image
Um retrato da alma brega brasileira. Assim poderia ser definido esse filme do cineasta Carlos Reichenbach, que já assinou produções parecidas, como “Anjos do Arrabalde” e “Garotas do ABC”. Fã do cinema neorrealista italiano, Reichenbach não retrata a classe média baixa como uma camada desvalida, explorada e que só tem desejo de sobreviver, vício de muitos cineastas brasileiros.
Ao contrário, Silmara, a personagem principal vivida com garra por Rosane Mulholand, é uma operária que assim que tira o macacão, acredita no seu charme. É uma garota “cafona sim mas feliz”, assim como muitas candidatas a Big Brother e rainhas da bateria. Nos fins de semana, ela vai com as amigas num salão de baile e, graças a seu visual, se envolve com dois cantores dos quais é fã: um roqueirinho cafajeste (Cauã Reymond) e o galã romântico (Maurício Mattar).
A cena de Silmara e o cantor interpretando um clássico cafona num cenário kitsch, com direito a mar de plástico, é muito legal. Curiosas também são as participações especiais, como Suzana Alves, a Tiazinha, Léo Áquila, como o irmão gay, e a Mamma Bruschetta de homem, como o gerente do salão. (Ronaldo Victoria)
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