O Menino da Porteira
João Pedro Carvalho e Daniel: universo caipira
Foto: Google Image
Logo na primeira cena, na tela fica situado o tempo em que se passa a história: 1954. Com isso, a segunda edição de “O Menino da Porteira”, dirigida pelo mesmo Jeremias Moreira de 33 anos atrás, deixa claro que deseja fazer um passeio pelo tempo com o público, falar de um Brasil rural em que ser caipira era um orgulho.
É o caso de se perguntar se o filme, em cartaz nos cinemas, fará tanto sucesso quanto a primeira edição, ou mais, que “Dois Filhos do Francisco”, fenômeno de público que claramente pretende repetir. Como chamariz há Daniel, cantor que não se mostra natural como ator. E a diferença entre ele e Sérgio Reis, o boiadeiro Diogo da outra versão, era que Reis, depois do início na Jovem Guarda abraçou a música sertaneja. Daniel, ao contrário, começou sertanejo e quis virar galã romântico da canção.
Talvez esteja aí o maior problema para o sucesso do filme. Hoje as platéias interioranas nem gostam muito de ser identificadas com o universo caipira. Pena porque o filme diverte, o menino João Pedro Carvalho é uma graça no papel-título e Daniel canta muito bem “Tocando em Frente” na abertura. (Ronaldo Victoria)
<< Página inicial