Rede de Mentiras
Russell Crowe e Leonardo DiCaprio: serviço sujo
Foto: Google Image
Thriller político de grande talento, foi enorme fracasso de bilheteria nos Estados Unidos, por motivos que a gente entende e que nada têm a ver com as suas qualidades. É que já virou norma dizer que americano não vai ao cinema para assistir nada relacionado com a intervenção no Iraque. E por motivos que, ironicamente, o filme com muitas estrelas envolvidas (Ridley Scott na direção, Leonardo DiCaprio e Russel Crowe como protagonistas), ajuda a entender.
Deve ser difícil (senão impossível) mostrar o que o país foi fazer lá com algum traço de patriotismo, coisa que o americano acha fundamental. Nem mesmo John Wayne levantando do túmulo seria capaz. A história fala sobre dois homens envolvidos até o pescoço com o tema, dois agentes da CIA.
Enquanto Roger Ferris (DiCaprio) é aquele que põe a mão na massa, faz o serviço sujo, Ed Hoffman (Crowe, gordo e envelhecido) fica na retaguarda, comandando tudo. O roteiro é engenhoso e cheio de reviravoltas, coerente com o próprio título. E a cena de tortura em DiCaprio dá arrepios. (Ronaldo Victoria)
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