domingo, 3 de outubro de 2010

Comer Rezar Amar

Javier Bardem e Julia Roberts: amor na maturidade
Foto: AllMovie Photo
O livro de Elizabeth Gilbert em que se baseia o filme só não cai na vala comum da auto-ajuda para mulheres por conta de uma coisa inquestionável: a evidente simpatia da autora e sua capacidade de tirar uma lição de tudo. Ela teria o que se chama hoje de resiliência, a habilidade de dar a volta por cima. E o filme consegue transportar isso para a tela.
Julia Roberts vive Liz com bastante intensidade, transmite sua necessidade de reagir e deixa até de lado a vaidade, aparecendo desglamurizada em várias cenas. Em que pese o fato de a duração ser um pouco excessiva, o espectador (e é machismo dizer que é só para as mulheres) não tem do que reclamar.
Depois da crise em seu casamento, Liz passa temporadas na Itália, Índia e Bali, dedicadas aos verbos contidos no título. Entre os coadjuvantes, Richard Jenkins é a surpresa. Rouba lágrimas e tem presença intensa. Mas Javier Bardem é uma decepção como galã brasileiro. Está duro e quando tenta falar em português diz até "peligrosa". (Ronaldo Victoria)