Dzi Croquettes
Ciro Barcellos é remanescente do grupo revolucionário
Foto: Google Image
É bem provável que as novas gerações nem tenham ouvido falar do revolucionário grupo Dzi Croquettes, tema desse emocionante documentário, de Tatiana Issa e Rafael Alvarez. Eles surgiram em 1972, em plena ditadura militar, quando não se podia ousar falar em sexualidade. Desafiadores, surgiam no palco vestidos de mulher mas com formas masculinas e sem retirar a barba e os pelos. Mais que drag queens, eram libertários.
O trabalho deles influenciou vários artistas, de Ney Matogrosso a Frenéticas, que dão depoimentos sobre os rapazes. Até Liza Minelli, considerada madrinha, fala sobre a convivência com eles. O tom é sempre emotivo. Até mesmo Tatiana, ex-atriz global, conta que o pai, cenógrafo do grupo, se coloca pessoalmente.
O triste é ver que os 13 integrantes pagaram um preço por tanto desafio. Afinal, hoje apenas cinco sobrevivem. Dos oito falecidos, metade foi levada pela aids e metade assassinada por garotos de programa. Fica difícil não se emocionar. (Ronaldo Victoria)
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