007 Quantum of Solace
Daniel Craig: brucutu chato e sem um pingo de charme
Foto: Google Image
Não há dúvida de que a série com James Bond conseguiu se renovar, o que se deve a Daniel Craig. Vivido por ele, Bond, como se mostra em "007 Quantum of Solace" (Inglaterra, 2008), de Marc Foster, é o que se espera de um espião de hoje: violento, quase feroz, sem tempo para charme ou aquelas cenas engraçadinhas que havia no tempo de Pierce Brosnan ou Sean Connery (esse sim o Bond eterno).
Sobrevivente nessa era em que se exige competência acima da paixão, em que se demonstra muito mais raiva do que charme, Bond não dá pausa nem para se apresentar —— "my name is Bond, James Bond", lembra? —— nem de usar aqueles acessórios malucos, muito menos de dirigir o Aston Martin.
Do começo ao fim, o que contam são as cenas de ação e as lutas. Bond mata sem parar, a ponto de M (Judi Dench) pedir que deixe pelo menos uma testemunha viva. E o roteiro? Complicadoooo! Tem a ver com um milionário maluco, supostamente ecológico, mas que se alia a ditadores em seus planos sinistros Tem uma hora que a gente se pergunta: virei burro, 'num tô entendeendo' mais nem filme de 007! A bond girl, a ucraniana Olga Kurylenko, também não ajuda como atriz, e poderia ter disfarçado aquele descascado feio nas costas.
Enfim, vida longa a Bond, esse brucutu moderno, esse Rambo de smoking. Tomara que continue ganhando milhões nas bilheterias. Mas eu me reservo ao direito de não dar mais um tostão para esse chato e nunca mais passar por esse tormento! Arghhhhhh!!! (Ronaldo Victoria)
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