quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O Orfanato

Belén Rueda em frente ao cenário de pesadelo
Foto: Google Image
Filme de terror, a gente sabe, hoje em dia virou uma diversão adolescente. A garotada adora produções do tipo (e “Jogos Mortais”, que está na quinta versão e não parece parar por aí, é o melhor exemplo). As fitas abusam da sangreira, de cenas malucas, e provocam em muitos casos mais riso do que medo. Por que? Porque parecem distantes demais da realidade. Afinal, ninguém, a não ser que seja muito louco, acredita que um pirado vai lhe seqüestar, levar inconsciente num banheiro e dar uma serra para você amputar o próprio pé.
Por isso que produções como “O Orfanato” (El Orfanato, México, Espanha, 2007), dirigida pelo espanhol Juan Antonio Bayona e produzida pelo mexicano Guillermo Del Toro (de “O Labirinto do Fauno”) são diferentes. Porque os sustos e o incômodo vêm de que aquilo pode acontecer.
Tudo é centrado em Laura (Belén Rueda), que adota um garoto, Simon, que é órfão e HIV positivo, mas não sabe disso. Interessada em abrir um local que sirva de abrigo para crianças abandonadas, Laura vai com o menino para o casarão onde viveu a infância. É lá que descobre que existem fantasmas bem reais. O filme deixa o espectador tenso, mas a resolução do mistério não é tão difícil assim, nem faz cair o queixo, o que tornou “Os Outros”, filme de clima parecido, muito mais famoso. Mas vale ser alugada. (Ronaldo Victoria)